segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Adiós, amigos!

Finalmente, depois de 50 anos, caiu praticamente o último dos grandes focos do Comunismo ditatorial no mundo: Fidel pede pra sair!

Desde muito, pra dizer a verdade, a queda da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) que o modelo de governo imaginado por Castro não era lá dos melhores pra se viver. Tudo bem que em alguns setores alcançaram patamares invejáveis de "desenvolvimento", mas no balanço final da qualidade de vida e situação econômica da nação, o Comunismo já era uma fraude há tempos.

Não excluo o fato de que os Estados Unidos tenham sido um estorvo na vida de Cuba durante anos. Acho que a frase usada para o vizinho México ("Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos") serve também como um "alento" para Cuba tirar, ao menos, 20% do peso do fracasso de seu sistema retrógrado de governo. Enquanto o mundo se moderniza, evolui em termos de tratados econômicos, concordatas e tudo mais, a ilha vive dentro de uma espécie de "bolha de vidro" onde acha que tudo está muito bem e não precisa se alinhar com o mundo exterior. Egocentrismo é bem típico de Ditaduras Fascistas, entretanto Cuba está longe de ser uma (pelo menos durante todos esses anos).

O que Fidel Castro pensou, em 1959, junto com Ernestro Guevara de La Sierna, Camilo Cienfuegos e diversos outros que estiveram na Guerrilha de Sierra Maestra era um sistema que se alinhava com o momento e era realmente o que Cuba precisava para acabar com anos de opressão e descaso por parte da Ditadura de Fugêncio Batista. Porém pensar que esse sistema seria algo perpétuo, que isolaria todos os males políticos que pudessem afetar a ilha de alguma maneira é algo surreal, fora de questão. Fidel insistiu quase 50 anos nesse modelo, nos últimos 3 anos teve a prova concreta de que era preciso, literalmente, "tocar a pedra" e sair fora.

Músicos refugiados, atletas olímpicos, centenas de imigrantes ilegais nas fronteiras mexicanas e no sul dos Estados Unidos. Será mesmo que essas pessoas fugiram por aventura ou para passar férias? Pergunto-me se elas realmente, conhecendo o câncer por dentro, não tinham medo que a metástase se alastrasse mais aceleradamente. Nem todos os países são acolhedores como o nosso, pátria mãe gentil, que recebe os filhos adotados com o mesmo carinho com os quais cria os do próprio ventre, mas uma coisa fica evidente: voltar nenhum deles quer, doa a quem doer.

Assumiu o lugar do velho carcomido o seu irmão, outro que é louco e nem sabe o que está fazendo. De tapa-buraco passou a remendo mal-feito e assumiu um país que, não duvido nada, estoure feito uma bomba. Há os que pensem que, mesmo afastado, Fidel ainda continua no poder; é bem verdade, porém ele não consegue mais articular forças em prol dos ideais que os velhos revolucionários do "Hai que endurecer pero sin perder la ternura jamás" tinham. O sistema vai cair com mais ou menos anos, é esperar pra ver.

No mais quem está rindo é os Estados Unidos. Sabem que um de seus calos da Guerra Fria não tem forças para lhe causar nem mesmo uma frieira e agora vão entrar com tudo fazendo valer mais uma vez a famosa Doutrina Monroe: "A América para os Americanos" (de fato e sem direito). No mais só faltou mesmo o "Adiós, amigos" do ex-presidente e ditador Fidel Castro. Confie que os cubanos não vão sentir falta disso.

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