quarta-feira, 25 de junho de 2008

Uma grande perda

Na noite de ontem me deparei com uma notícia que me deixou deverasmente triste: a morte da ex-primeira dama do Brasil, Dona Ruth Cardoso, esposa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). Acima de todas as especulações, máculas e falsos testemunhos, ela foi um exemplo de mulher, a começar de suas convicções enquanto mulher mais poderosa do país durante 8 anos.

De movimentada vida acadêmica, Dona Ruth era Doutora em Antropologia e lecionou em diversas universidades fora e pelo Brasil. De lado humano extraordinário, dedicou-se muito aos necessitados criando e participando ativamente do Programa Comunidade Solidária. Pouco exposta à mídia voraz de nosso país, gostou sempre de passar despercebida e ser apenas conhecida como "a esposa do Fernando Henrique" e nunca como a Primeira Dama do Brasil.

Seu falecimento, aos 77 anos vítima de um ataque cardíaco, vem a encerrar o ciclo na Terra de uma Democrata que lutou pelo que sempre achou justo e válido, sem se preocupar com a opinião alheia ou se estaria, no conceito midiático, fazendo a coisa certa. A exemplo de mulheres fortes no governo deste país como a também ex-primeira dama Sara Kubitschek, foi um exemplo de pulso entre homens que se acham donos de uma nação. Suas memórias talvez não sejam exaltadas com toda justiça, mas certamente permanecerão íntegras por todos que lutam pelas mesmas causas, como por exemplo, o fim das cotas de negros nas universidades, um de seus pontos de combate.

As últimas notícias que lhe faziam referência são, como sempre, especulações maliciosas daqueles representantes da mídia que não se conformam em não ver uma pessoa vir a público e criar polêmicas que façam-na virar notícia. Durante 8 anos, Dona Ruth Cardoso passou íntegra pelos quadros de Brasília e deixou mais do que um exemplo de mulher: ensinou os lobos a serem um pouco mais humanos.

O luto oficial de 3 dias é justo e merecido. O Brasil, aos poucos, perde gênios e produz idiotas como o atual presidente. É de fato, uma pena e a marca do nosso atraso.

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