terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Brincar de Viver

Os horrores do conflito sob a Faixa de Gaza, no Oriente Médio, nos mostram, todos os dias, que simples diferenças religiosas não são capazes de serem aceitas com facilidade. As divergências entre palestinos e israelenses ultrapassam os limites naturais do que conhecemos como lógica e produzem cenas grotescas que chocam e fazem-nos questionar: até quando? Entretanto, nem todos estão tão preocupados com o desfecho desses conflitos. É o caso de dois garotos que colecionam fragmentos dos mísseis Qassam disparados nos, até agora, 11 dias de ofensiva israelense sobre os palestinos.

A notícia está veiculando no site G1, o portal de notícias da Rede Globo. Os correspondentes afirmam que Yinon Tubi, de 11 anos, coleciona as peças que caem dos foguetes partidos da Faixa de Gaza em sua rua e seu jardim como forma de divertimento juntamente com seu amigo e vizinho. O pai, que é professor da escola religiosa do bairro, vê com naturalidade a atitude do garoto e diz que "é uma forma de esquecer e superar o medo causado pela guerra", mas tem receio de que o mesmo decida colecionar os artefatos ainda quando eles estiverem em rota de colisão. Até agora, o garoto já colecionou mais de 50 fragmentos de foguetes.

Essa atitude de Yinon demonstra que a guerra nem sempre é tratada como um processo decisivo na vida de um grupo étnico, religioso ou político. Objetos, usados costumeiramente para matar, agora servem como brinquedos que alimentam esperanças de vidas melhores com o nascer de um novo sol a cada dia.

Um comentário:

  1. Esta guerra, exemplo claro de como o ser humano também poder ser irracional, vai além de questões políticas, econômicas ou religiosas. O fato da criança brincar com estilhaços de foguetes pode também ser visto sob vários aspectos como o da "ingenuidade" infatil ou mesmo o do hábito de estar em uma área de conflitos.

    Um abraço!

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