terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Debaixo da sola

Quando o Presidente George W. Bush foi eleito o "Homem mais poderoso do mundo", todos indagaram se ele seria uma cópia fiel de seu pai ou se trataria das questões atuais de seu país de maneira mais moderna, dentro da conjuntura internacional da atualidade. Oito anos se passaram, Bush envolveu-se (e envolveu seu país) em pesados conflitos que ainda hoje não tiveram fim, despertou polêmicas (como a não assinatura do Protocolo de Kyoto) e vai deixar o governo com impressionantes 63% de aprovação. Entretanto, sairá com a imagem desgastada e bastante utilizada como motivo de piada por parte da crítica jornalística mundial e será o principal alvo dos trotes praticados na rede mundial de computadores, a internet.

No dia de ontem, ao proferir um discurso sobre a retirada das tropas americanas do Iraque, marcadas para julho do próximo ano, decisão inclusive já anunciada pelo presidente eleito Barack Obama, um jornalista islâmico iraquiano atirou seu par de sapatos no futuro ex-presidente americano, como forma de protesto pelas atitudes do mesmo com relação ao povo do Oriente Médio. Chamado de "cão" e "demônio", Bush tentou livrar-se dessa saia justa com personalidade, mas pelo jeito já perdeu a moral há tempos.

No Oriente, especialmente nas leis do Islamismo, mostrar o solado de um sapato/sandália ou até mesmo atirá-lo contra a pessoa indica uma ofensa maior até mesmo do que proferir uma agressão física a um ente familiar. Visto como pior ato de humilhação, o feito do jornalista veio a demonstrar que Obama tem muito a ajustar se quiser ter quatro anos de governo tranquilos com relação ao Oriente e suas ligações com o Ocidente.

Reza a História que o Oriente já mostrou outras vezes aos americanos que sua presenção não era aceita com naturalidade: em 1979, o Aiatolá Ruhollah Khomeini promoveu a famosa Revolução Islâmica, pela qual repudiou tudo que era proveniente do Ocidente e, em especial, dos Estados Unidos. O resultado foi a criação de um DNA Anti-Ocidente em muitas correntes procedentes do Islã, especialmente em grupos como o Hammas e o Hezbollah.

De qualquer maneira, a figura desgastada de Bush mostra que, mesmo para o homem mais poderoso do mundo, a postura de estar no topo pode perfeitamente ser ignorada e há de lembrar-se que ali existe um ser humano comum, sem super-poderes, que pode perfeitamente ser tratado debaixo da sola de um sapato, literalmente.

3 comentários:

  1. Bush é uma afronta àquilo a que chamamos de humanidade. Ele é "um coisa", um maldito e estúpido sangüinário, que aproveitou-se da fragilidade emocional do povo norte-americano para se reeleger e para continuar a atormentar e deturpar o que conhecemos (conhecemos, ainda?) como paz. Se muitos humanos não estão tão humanos assim e precisam urgentemnete humanizar-se, Bush foge a essa regra. Ele faz parte de uma classificação a qual ainda não dei um nome, caro amigo. Mas, em breve, dentro de uma neo-taxonomia, poderemos enquadrá-lo. Quem sabe?
    O futuro ex-presidente (graças a Deus) elegeu o lema do "sem-limite", sua pele é vestida pela escória e de suas mãos pinga o sangue de tantos e tantos jovens soldados embrutecidos pelo Estado e sofridos por suas mães.
    Tantos milhões, aliás, tantos bilhões gastos em armamentos, tantos pratos sem comida. Tantos tanques de guerra;tanto a investir na saúde, na indústria farmacêutica. Tantas táticas de guerra; quantos planos para salvar vidas? Tanto ódio disseminado; quanto amor a dar?

    É isso.

    beijo e parabéns pelo texto!
    Fique com Deus!

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  2. É isso aew! Andressa se revoltou! hehehehehehehe!
    Mas com toda razão... Nem pra assinar um papel que na prática significa a VIDA DO PLANETA[Protocolo de Kyoto] ele foi capaz...
    Bush sem dúvida foi o presidente mais ANIMAL da História dos EUA.

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  3. PS: Adorei o título do post ehehheheheheheheheh

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