Ainda hoje famílias, amigos, conhecidos, alunos e mestres procuram por pessoas que, depois da adoção daquele Ato, sumiriam para sempre. Nem todos tiveram a sorte de voltar, de reconstruir suas histórias depois daqueles fatídicos anos em que o AI-5 foi maior do que a própria Constituição do país, mas para muitos o Ato foi considerado um bem maior para a nação: falamos dos militares e suas famílias.
Pernambuco viveu intensamente a ebulição política causada pelo AI-5. Militâncias, artistas, grupos revolucionários e estudantes eram a todo tempo perseguidos, presos e muitos foram dados como desaparecidos. Atualmente, grandes lideranças políticas do estado ainda lembram com dor aqueles anos difíceis e dizem que Pernambuco, por estar na efervescência do movimento político nacional, não deixava de ser vigiado pelas forças militares um minuto sequer.
Com a revogação do Ato em 1979 pelo então presidente Ernesto Geisel, houve uma esperança de abertura política e abrandamento do regime militar, o que aconteceu muito lentamente e com grandes limitações. A Ditadura Escancarada passara para o estágio de Ditadura Envergonhada, como diria o jornalista e pesquisador Élio Gaspari.
Passados 40 anos, muita coisa ainda há por ser descoberta e desvendada. Porém, as lembranças e as marcas de quem viveu na pele as dores de tão cruel instrumento de manutenção da ordem por parte do poder público não foram facilmente apagadas e somente serão quando as interrogações do período deixarem de existir.
Oi!
ResponderExcluirEsse teu blog é muito bom! Parabéns!
Tou adicionando pra voltar...
=D
a mesma Aline que me indicou o teu também. Verdade, acabei de me formar, estou fazendo especialização agora.
ResponderExcluirum abraço e até logo!
Olá! Tudo bem?
ResponderExcluirmuito bom esse teu blog. Irei linká-lo ao meu, pode ser?
Beijos!
As marcas e lembranças desta época não serão apagadas jamais, principalmente pra quem viveu o período.
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