sexta-feira, 7 de março de 2008

08 de Março - Dia da Mulher

Como é de costume, todos os anos o dia 08 de março reserva importantes homenagens para estas que enchem a vida dos homens de plenitude e grandeza: as mulheres. Feitas não para serem veneradas no topo como chapéus nem para serem rebaixadas abaixo como solas de sapatos, as mulheres são na verdade uma complexidade de sentimentos que preenchem a vida dos homens de maneira especial, ao ponto de fazê-los esquecer quem são ou suas convicções em prol de realizar todos os desejos de suas amadas.

Em vez de exaltar hoje a história do Dia da Mulher, deixarei com vocês uma matéria especial destacada pelo JC Online sobre importantes mulheres que fizeram a História de Pernambuco. Quem desejar conhecer mais sobre, acesse o link http://jc.uol.com.br/2008/03/06/not_162648.php

Segue abaixo o conteúdo do mesmo:

Mulheres que marcaram a História de Pernambuco
Publicado em 06.03.2008, às 12h02
Do JC OnLine

Você sabia que a primeira mulher brasileira a integrar a lista de imortais de uma academia de letras foi uma pernambucana? Sabe quem foi a primeira mulher no Estado a exercer a medicina? E aquela que é uma das pioneiras do trabalho da mulher nas artes cênicas? Então saiba um pouco mais das mulheres pernambucanas ou atuantes na região que marcaram a História do Estado. O JC OnLine e a historiadora Marieta Borges destacaram algumas como forma de celebrar o Dia Internacional da Mulher.

Adriana de Almeida - Brasileira condenada à morte por Maurício de Nassau por ter abrigado, no seu engenho, brasileiros que lutaram na Bahia contra os holandeses. As mulheres pernambucanas intercederam por ela e o mesmo Maurício de Nassau concedeu-lhe o indulto.

Amélia Cavalcanti – Primeira profissional a exercer a profissão de médica em Pernambuco (outras haviam se formado, mas não tinham a coragem de atuar no mercado).

Anita Paes Barreto - Educadora, secretária de Educação do Governo Arraes, em 1964, foi uma das criadoras do Movimento de Cultura Popular (junto com Germano Coelho).

Anna Paes – Viúva de um dos combatentes contra os holandeses, herdeira do Engenho Casa Forte. Teve a ousadia de casar-se com o capitão do exército holandês Carlos de Tourlon, mandado de volta para a Holanda por Maurício de Nassau, aonde faleceu. Novamente viúva, casou-se pela terceira vez, em 1645, com Gilberto de With, conselheiro de justiça do governo holandês. Por ter se casado com holandeses e abraçado a religião calvinista, teve todos os seus bens confiscados e, em 1654, embarcou para a Holanda com o marido e os filhos. Era uma mulher à frente de sua época.

Brites de Albuquerque - Esposa do donatário de Pernambuco, Duarte Coelho. Assumiu o governo da Capitania quando ele morreu, em 1554, e governou até 1560, enquanto os filhos estudavam em Portugal. Voltou a governar Pernambuco em 1572, quando o filho mais velho precisou regressar a Lisboa, sendo a primeira mulher a ter o poder de governar uma região, no Brasil e nas Américas.

Cristina Tavares - Jornalista, professora e política, nasceu em Garanhuns, no dia 10 de junho de 1936. Nos anos 1960, já no Recife, iniciou sua atuação política, participando de movimentos culturais e estudantis. Foi eleita deputada federal por três mandatos: 1978, 1982 e 1986. Publicou oito livros, entre os quais “A Última célula - minha luta contra o câncer”. Morreu no dia 23 de fevereiro de 1992.

Dandara - Lutou junto com o marido Zumbi dos Palmares contra o sistema escravocrata do século 17. Relatos levam a crer que nasceu no Brasil e estabeleceu-se no Quilombo dos Palmares ainda menina. Chegando perto do Recife, pediu a Zumbi que tomasse a cidade. Foi morta, com outros palmarinos, em 6 de fevereiro de 1694, após a destruição da Cerca Real dos Macacos, que fazia parte do Quilombo dos Palmares.

Diná Oliveira – Chamada primeira dama do teatro em Pernambuco, foi a corajosa atriz fundadora do Teatro de Amadores de Pernambuco, junto com o marido, Waldemar de Oliveira. Por isso, enfrentou os preconceitos da época. Atuou nos palcos até a perto de sua morte. Integrou a Academia de Artes e Letras de Pernambuco.

Dona Maria da Rosa – Doadora das terras onde se instalaram os franciscanos em Olinda, em 1585, foi também a criadora da primeira Ordem Terceira Franciscana para leigos, em Olinda, hoje considerada a mais antiga do Brasil. Está sepultada no Convento da Conceição, das Irmãs Dorotéias.

Dona Santa – Seu nome era Maria Júlia do Nascimento, mas foi como Dona Santa que ela ficou conhecida, por ser rainha dos maracatus recifenses, nascida em 1877, em Pernambuco. Era uma carnavalesca inveterada, das troças carnavalescas, do Maracatu Leão Coroado e da Troça Carnavalesca Mista Rei dos Ciganos. Filha e neta de escravos, foi rainha do Maracatu Elefante durante 16 anos, coroada em 1947. Morreu em 1962, aos 85 anos.

Edwiges de Sá Pereira – Jornalista, educadora e poeta, nasceu em Barreiros no dia 25 de outubro de 1884. Foi a primeira mulher brasileira a integrar a lista de imortais de uma academia de letras (a de Pernambuco), em 1920. Atuou na imprensa pernambucana e publicou vários livros, entre os quais: "Campesinas", "Horas Inúteis", "Jóia Turca" e "Eva Militante".

Geninha da Rosa Borges – Atriz com mais de sessenta anos de palco, foi uma das pernambucanas que mais se destacaram nas artes cênicas, sobretudo numa época em que havia muito preconceito, fazendo importantíssimo trabalho no Teatro de Amadores de Pernambuco. Integra a Academia de Artes e Letras do Estado.

Heroínas de Tejucupapo – Mulheres lideradas por Maria Camarão que, de crucifixo em punho, convocou as mulheres da vila de Goiana a pegarem armas e ajudarem os homens na luta contra as tropas inimigas. Em 24 de abril de 1646, lutaram contra os holandeses, vencendo a luta pela coragem e métodos inusitados de combate (usando paus, pedras, panelas, pimenta e água quente).

Isnar Moura – Primeira jornalista a exercer a profissão, atuando em um jornal local, numa época em que isso era considerado uma ofensa, por ser uma atividade exclusivamente realizada por homens.

Laura Nigro - Viúva do compositor Clídio Nigro, autor do "Hino de Elefante de Olinda" que, até quase os 100 anos, foi a maior foliã no Carnaval e nas Serenatas olindenses, tendo criado a Serenata Luar de Prata e o bloco Olinda, quero cantar.

Marisa Jonhson - Primeira mulher a tocar violencelo na Orquestra Sinfônica do Recife. Alguns parentes dela até hoje tocam na Sinfônica, todos violoncelistas.

Olegária da Costa Gama - Esposa de José Mariano Carneiro Cunha, herói pernambucano da Abolição e da República. Sempre apoiava os escravos fugidos, roubados das senzalas ou alforriados para o Ceará. Quando o marido ficou preso, dona Olegarinha continuou lutando em prol da abolição da escravatura. Faleceu no dia 24 de abril de 1898, em decorrência das complicações de uma gripe. Em sua homenagem, foi erguida uma estátua no Poço da Panela.

Fontes: Cartilha Mulher negra tem história, de Alzira Rufino, Nilza Iraci e Maria Rosa Pereira; Pernambuco de A a Z; Fundaj; historiadora Marieta Borges.

Um comentário:

  1. Diogão!

    Muito bom seu blog! Não leio diariamente por falta de tempo (ano de vestibular), mas sempre que entro eu leio as postagens passsadas...

    Criar e assumir este blog foi uma bela iniciativa, pois traz sempre algo a mais no estudo da História, curiosidades e novidades que incentivam o aluno a estudar sobre certos assuntos, que as vezes nem sabemos do que se trata, mas somos atraídos pelas matérias, que estão muito bem redigidas.

    Estou gostando muito do BLOG! Não deixe de postar!!!

    Um abraço Diogo!










    Igor Polimeni

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