quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

El Estado Soy Yo!

O título da postagem não é mera semelhança com qualquer frase conhecida. Fiz propositalmente uma referência ao dito famoso do rei francês Luís XIV de Bourbon para relembrar um fato histórico importante para a constituição do poder político no mundo desde a Idade Moderna: o Absolutismo Monárquico.

Relembrando rapidamente, tivemos no Absolutismo um sistema constituido pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário concentrados nas mãos do soberano, homem de valor, preparo e caráter que era apoiado mediante filosofias e interesses de outras classes sociais como a burguesia e a Igreja Católica. Mais de quatro séculos  se passaram e parece que ainda existem vestígios desse sistema no mundo ainda hoje, salvaguardando suas particularidades, claro. É o caso do nosso vizinho próximo na América do Sul, a Venezuela.

O referendo político realizado no último domingo apontou que o atual presidente (ou seria ditador? Ou até mesmo Monarca?) Hugo Chávez está se perpetuando no poder cada vez mais. Agora, o povo venezuelano (ou diria súditos de um rei louco?) acataram a decisão de estender o mandato de Chávez até, no mínimo, 2039, quando acredita-se realizar outro referendo para definir os rumos políticos de um país que vive economicamente quase que essencialmente dos lucros produzidos pela venda de petróleo e gás natural, ambos sob controle da estatal PVDSA.

A comparação não é uma coisa absurda. Podemos perceber que Chávez retoma princípios dos antigos monarcas, como a preparação para governar, reunir condições para evitar que o país mergulhe no caos financeiro (onde já está!) e principalmente, mantenha seu povo em condições de continuarem tendo suas vidas normalmente, sem o assombroso fantasma do desemprego ou das altas taxações sobre impostos. Até onde ele alimentará essa loucura, pouco se sabe, o fato é que a cada ano que passa, ele toma mais gosto por essa "Teoria do Poder Temporal Perpétuo".

Luís XIV foi o maior rei europeu até hoje, sem sombra de dúvida. O mesmo consenso não vale para Chávez, que antes de ser um governante sensato, preparado e justo é um ditador que possui um egocentrismo maior do que sua função. Pessoalmente, comparando os dois ícones (dois??), temos aí sim um erro crasso para a História que faria o nobre rei contorcer-se em sua sepultura.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Yom Hashua

Na última semana, um dos acontecimentos mais tristes da História da Humanidade comemorou mais um aniversário. O Holocausto ou a matança de mais de seis milhões de judeus durante os anos da 2ª Guerra Mundial (para ser mais específico, a partir de 1941) ainda permanece bem viva na memória não somente da comunidade judaica, bem como de todos os estudiosos e interessados pelo período.

Na sua concepção de poder, Hitler desenvolveu aquilo que conhecemos por Teoria do Espaço Vital, que englobava o pensamento da constituição de uma nação formada apenas pelos considerados "puros de sangue" ou "arianos", advindos das terras onde historicamente esteve estabelecido o Sacro Império Romano Germânico (Alemanha, Hungria, Áustria, parte da Polônia, entre outros). Essa forma de poder, contudo, segregava e eliminava todos os vestígios de etnias que possivelmente seriam entraves ao sucesso do plano, estando a comunidade judaica entre as vítimas.

Conversando com um amigo, descendente direto e judeu, o mesmo debateu comigo a importância do Holocausto ou Yom Hashua, em hebraico, para a comunidade. Ainda nos dias de hoje, a Alemanha paga pesadas indenizações às famílias judias por tamanho crime cometido contra a humanidade em seus diretos, especialmente o direto à vida. Mulheres grávidas, idosos, crianças, homens e homossexuais, ninguém era poupado pelos nazistas, que ao longo dos anos de 1941 a 1945, mantiveram verdadeiros circos de horrores nos campos de concentração como o de Varsóvia e o de Auschwitz.

Passados mais de 60 anos do acontecimento, a memória do povo judaico ainda é lembrada em todos os cantos do mundo com saudosismo, na esperança de que um dia o mundo, recordando exatamente esses exemplos trazidos pelas guerras, pare e pense mais em suas atitudes, principalmente com relação ao respeito pela diversidade, pela escolha e, principalmente, pelo espaço no qual se constituíram enquanto nação.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mais Curiosidades Históricas

- O jogo Banco Imobiliário, terceiro brinquedo mais vendido até hoje da História, perdendo apenas para bicicleta e a boneca Barbie, foi criado em meio à crise de 1929 para que crianças e adolescentes pudessem, brincando, aprender os valores dos negócios e as pequenas transações que faziam parte do dia a dia como forma de um dia, no futuro, superar crises similares àquela. Atualmente o jogo ganhou maiores dimensões e pode ser encontrado em três versões, cada uma mais completa que a outra.

- O sucesso do ratinho Mickey Mouse foi tão grande que, nos anos 40, em plena Segunda Guerra, o serviço militar norte-americano utilizou como senha para as operações do Dia D na Europa o nome do personagem de Walt Disney.

- O artefato atômico que atingiu a cidade de Hiroshima no dia 06 de agosto de 1945 carregava, além da grande quantidade de lixo nuclear concentrado na ogiva, um valor sentimental para os soldados americanos sem tamanho: na fuselagem do artefato estavam escritos os nomes de todos os soldados do exército aliado que morreram no ataque de Pearl Harbor, quatro anos antes. Era uma forma de vingança pela memória dos que se foram por conta da guerra.