quarta-feira, 14 de maio de 2008

Presidente-Faraó




Estive, no último mês de abril, na capital federal (Brasília) e, além de resolver algumas pendências, conheci minha família e curiosidades sobre a bela cidade imaginada e projetada pelos tão famosos arquitetos/urbanistas Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Conheci vários pontos históricos, como a Catedral de Brasília, o Congresso Nacional, a Casa da Dinda, a Granja do Torto, Palácios do Itamaraty, Planalto e Alvorada, entre outros; porém, o que me chamou mesmo a atenção, foi o Memorial Juscelino Kubitschek.

Visitar aquele edifício nos remete a observações interessantes: 1 - o formato do edifício é piramidal, assim como vários outros edifícios presentes na Esplanada dos Ministérios; 2 - JK acreditava, piamente, ser a reencarnação de um famoso faraó (esta foi que me chamou a atenção de verdade).

Quando soube da convicção do Presidente Bossa Nova, jurei não acreditar. Depois que adentrei o Memorial JK, percebi o que ele pensou durante toda sua vida: além de seus pertences pessoais, desde sua época de estudante no interior de Minas Gerais até mesmo seus objetos mais particulares dos tempos de exílio nos Estados Unidos durante os anos 60 e 70, pude observar que JK, até mesmo na hora da morte, pensou em um faraó - fora colocado em um mausoléu que lembra um sarcófago, feito todo de mármore e com os dizeres: O Criador.

Ao avistar a parte superior do Memorial, onde se encontra o sarcófago, é impossível não notar demasiada semelhança, até porque a ante-sala que abriga o mesmo está disposta em formato piramidal. Logo em seguida, à direita e à esquerda, encontram-se os trajes mais pessoais de Sara Kubitschek, sua primeira-dama e do mesmo, respectivamente. Mais a frente, medalhas e objetos pessoais como livros, a Constituição e a faixa presidencial com a qual tomou posse.

Sem dúvida foi uma bela surpresa poder viajar no tempo fora e dentro daquele memorial. Eu que antes já enxergava JK como um dos presidentes mais notáveis desse país, pude observar que o mesmo era um homem de extrema elegância, conhecimento e humildade. Sem dúvida um exemplo ante essa corja que hoje manda e desmanda no país.

Abaixo, a imagem que fiz do celular do símbolo do Memorial JK iluminado pelo Sol ao entardecer (na visão egípcia antiga, seria o deus Rá abençoando o mausoléu eterno do faraó).

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